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Quatro enfermeiras do programa de residência multiprofissional em intensivismo do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) vão realizar estágio de um mês em atendimento pré-hospitalar, no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Siate (Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência) de Ponta Grossa. Trata-se de campo de estágio aberto a partir de amplo convênio celebrado entre a UEPG e a Prefeitura/Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa. Nesta quinta-feira (15 de dezembro), as enfermeiras residentes em intensivismo começaram o estágio no Samu, quando receberam os uniformes de trabalho.
O diretor do HU-UEPG, Everson Augusto Krum, destaca o estágio como uma inovação no programa que, agora, vai abrir espaço de aprendizagem para as enfermeiras Jessica Neves Pereira, Andressa Paola Ferreira, Raissa Luana Iukiv e Valeria Cristina França. No estágio no Samu e Siate, elas vão fazer atendimentos em urgência e emergências clínicas e traumas, segundo Krum. O diretor explica que as enfermeiras vão atuar em situações críticas, auxiliando no primeiro atendimento a casos como infarto, AVC, e acidentes de carro e moto.
Situações Diferentes
“As enfermeiras vão aprender como agir nesses casos em situações diferentes dos ambientes fechados de UTI, diz Everson Krum, acrescentando que “vão ter que superar dificuldades de acesso a veias e artérias, pacientes agitados, pacientes como hemorragia e sangue que dificultam a visualização e as manobras técnicas”. O estágio ocorre após as enfermeiras registrarem presença, desde março de 2015, pelas UTIs Adulto, Neonatal, Pediátrica, Pronto Atendimento e pelo Setor de Imagem do HU; e pela UTI coronariana do Hospital Bom Jesus.
O diretor do HU-UEPG ressalta que as residentes vão entrar na escala regular do Serviço Pré-Hospitalar durante um mês, intercalando plantões diurnos e noturnos em dias úteis e nos finais de semana. A oportunidade do estágio correu com a fundamental participação de Delmar Pimentel Filho e de Janaina Issakowicz, diretor e chefe de enfermagem do Samu, respectivamente; e de Everson Krum e Luciane Andriani Cabral, coordenadora da Residência em Intensivismo do HU-UEPG.
Residências e Parcerias
Everson Krum observa que, em 2016, estão em andamento residências multiprofissionais em intensivismo e saúde do idoso; e em cirurgia bucomaxilofacial e trauamatologia. Para 2017, o diretor registra que já foram selecionados profissionais para as novas residências multiprofissionais em neonatologia; reabilitação; e em enfermagem obstétrica. A residência é uma modalidade de especialização, em que o profissional tem 60 horas de atividades semanais. Destas 12 horas voltadas ao ensino teórico e 48 horas de atividades práticas em serviço.
Ainda sobre o significado do estágio aponta a parceria com a Secretaria Municipal de Saúde como significativa, permitindo sempre melhores trabalhos em benefício da população. Destacou os avanços conquistados na área da saúde a partir da formação de uma rede que tem como atenção os serviços prestados à população. Também enfatizou a presença importante da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná para a área e as atividades do HU. Ainda considera a participação das enfermeiras do HU no estágio como um momento especial para a formação com qualidade na área.
Vivência e Desafios
A secretária municipal de Saúde, Angela Conceição Oliveira Pompeu, assinala a participação das enfermeiras do HU-UEPG na vivência da realidade dos serviços do Samu como importante. Também pontua que é só vivenciando as situações de emergências do Samu para conhecer a realidade do atendimento das ocorrências e da responsabilidade dos profissionais da saúde. Ao dar as boas-vindas às enfermeiras no estágio, Angela Pompeu acentou: Como vocês virão outros estagiários. Não se assustem porque tudo faz parte dos desafios de cada atividade. O início pode ser difícil, mas não há nada que no trabalho diário não se vença”.
Delmar Pimentel Filho descreveu situações que definem a realidade do atendimento pré-hospitalar do Samu. O diretor do Samu acentuou que, nessa atividade, cada ocorrência exige o melhor da equipe de atendimento. “É sempre o encontro com uma situação diferente” disse. Para ele, o estágio se constitui em experiência de vida que resulta da vivência nos atendimentos em cada situação de ocorrências. Janaine Issakowicz destaca o estágio como uma oportunidade para as enfermeiras entenderem como funciona o Samu. Também posiciona que é no dia a dia dos atendimentos que as estagiárias vão somar conhecimentos.
Ganho para as Partes
Janaine observa que o encontro das enfermeiras com o Samu se dá em dois momentos: o primeiro de ambientação e o segundo de atuação prática. Para Janaine, a oportunidade traz ganhos para os dois lados: as estagiárias ganham conhecimentos; e o Samu contribuindo na formação de profissionais capacitados na área do estágio, e melhorando sempre o atendimento na urgência e emergência. Luciane Andriani Cabral define a oportunidade como única e inovadora. Salienta o valor do estágio que proporciona para as enfermeiras sair do atendimento intra (no HU) para o pré-hospitalar (no Samu), permitindo o somatório de conhecimentos na residência multiprofissional em intensivismo.
Sobre o estágio, a enfermeira Valéria Cristina França faz a leitura do encontro com situações diferentes daquelas vividas no HU. Reconhece o desafio de um novo aprendizado, mas coloca a expectativa como positiva. “Eu assimilei da reunião que cada ocorrência é única em suas oportunidades de aprendizagem no Samu”. A estagiária Jessica Neves Pereira também destaca a importância de poder estar num tempo de atividades diferente. Isso porque considera que a presença no HU surge como familiar no atendimento aos pacientes. “Eu sei que aqui cada vez que a sirene tocar vou sentir um frio na barriga. Mas vou enfrentar cada situação com responsabilidade e reconhecimento em cada conhecimento permitido no estágio”.
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